sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Raimundos - Vivo Rio - 2010

*Show com Participação do Tico Santa Cruz*

Eu Quero ver o Oco
Puteiro em João Pessoa
Baile Funky
Tora Tora
A Mais Pedida (Part Erika)

Canal no Youtube : lucassupimpa

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Tendencia Rock - 2008



O Pão da Minha Prima
Reggae do Maneiro
Andar na Pedra
Puteiro em João Pessoa
Eu Quero ver o Oco
Esporrei na Manivela

Canal no Youtube : lucassupimpa

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Kazebre Rock Bar - 08.05.2010


Esporrei na Manivela
Baile Funky

Canal no Youtube : lucassupimpa

Creditos: lbvidztv
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Atlantida Festival 2010 - 01/05/2010

Site Uol - 10/10/2001


Raimundos lança disco e mostra que continua sem Rodolfo

Por André Spina, especial para a Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - Depois da saída do vocalista Rodolfo Abrantes, em junho, Digão (guitarra), Canisso (baixo) e Fred (bateria), do Raimundos, haviam decido encerrar o grupo. Mas a paixão dos fãs fez com que eles optassem por um novo rumo.

Digão assumiu o vocal e o grupo está lançando esta semana a coletânea "Éramos 4" (Warner Music), gravada em 2000 durante o show de aniversário da rádio paulista 89FM, com Marky Ramone na bateria (o Fred ficou dando uma de fotógrafo).

O disco traz uma faixa gravada com os dotes vocais de Digão e, num primeiro momento, pode até causar a impressão de ser material inédito. Mas é, na verdade, o adeus derradeiro de Rodolfo e uma espécie de comunicado da banda: foi muito bom com ele no front, e vai continuar sendo também sem ele.

MÚSICA DEMO MARCA REVIRAVOLTA DO GRUPO

"As músicas têm mais importância do que nós indivíduos", disse o baixista Canisso durante entrevista coletiva à imprensa, na quarta-feira.

Ele também contou que, no período do rompimento de Rodolfo com a banda, costumava visitar o fórum de discussões do site oficial do grupo, onde encontrava mensagens do tipo: "O Raimundos não pode acabar!" e "Digão no vocal é a solução".

A sugestão foi aceita. "Sanidade", primeira música de trabalho do novo CD, tem o guitarrista comandando os timbres e é a única música do disco gravada pelo Raimundos já como um trio.

"Sanidade" fazia parte da primeira fita demo do grupo, de 1992, e agora ganhou um novo arranjo (produzido por Carlos Eduardo Miranda, o mesmo que contratou o Raimundos para o selo Banguela, no início dos anos 1990).

Curiosamente, foi essa música que mais destacou a banda na procura por uma gravadora. "Os executivos ouviam 'Nega Jurema', 'Palhas do Coqueiro' e 'Marujo' e diziam 'ok'. Quando chegava essa, diziam 'pronto, temos um hit! Um milhão de cópias vendidas"', lembrou Digão, que já era o vocalista na versão original.

Por causa do entusiasmo excessivo dos executivos, o grupo "pegou bronca" e decidiu guardar a música na gaveta. E ela acabou sendo essencial para a continuação do Raimundos.

"Tinha certeza que um dia voltaríamos a fazer algo juntos", disse Fred. "Mas foi na hora do '1 2 3 4' da gravação de 'Sanidade' que (realmente) tive certeza de que tudo ainda funcionaria entre nós".

Apesar da "magia" da banda estar intacta, o grupo achou melhor dar um tempo para que Digão se sentisse confortável com a sua nova posição de vocalista. Por isso, "Éramos 4" é praticamente um CD de covers do Ramones, acrescentando "Sanidade", a versão hardcore de "Nana Neném" e a regravação punk de "Desculpe Mas Eu Vou Chorar", da dupla Leandro & Leonardo.

"Seria injusto mudar minha vida em dois meses", afirmou Digão. A retomada dos shows deve ocorrer no Anhembi, no dia 28 deste mês, em um show da rádio paulistana MixFM.

É nos palcos que o aquecimento da nova formação vai acontecer, numa espécie de ensaio ao vivo. "Nossa terapia sempre foi tocar", explicou Canisso. "É como uma droga para um viciado."

Para ajudar, Marquinho (do Peter Perfeito, outro grupo da Warner) foi recrutado. Ele assumirá as partes de guitarra que eram de Digão. Para Fred, "o tempo vai dizer se ele se tornará um membro oficial (do Raimundos)".

RESTAM MÁGOAS

A saída de Rodolfo parece ainda gerar sentimentos controversos entre os três. "Esse novo Rodolfo eu não conheço. Preciso conhecer ainda", decretou Digão.

Canisso foi mais apaziguador. "A amizade continua. Neste momento, ele está buscando um distanciamento. Mas não mudamos o lado da calçada quando cruzamos com ele na rua."

Paralelamente, Rodolfo prepara sua estréia em carreira solo, pela mesma gravadora. "Não foi o fato de ele sair e seguir carreira que nos incomodou. O que chateou foi o modo como ele descartou todo o resto, tudo o que ele fez conosco", desabafou Fred. "Quando ele falou mal da banda, também falou da gente.

Um CD de músicas inéditas deve ser produzido depois da turnê. "Se a gente quisesse parar agora, entrar no estúdio e fazer um disco, já estaríamos com 70% do material pronto", disse Canisso.

E Digão brincou: "Se fizéssemos agora, as letras seriam: 'meu cartão de crédito está estourado, meu amigo me deixou, as torres estão caindo'."

Creditos: Antigo Site Raimundomaniaca...

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Entrevista Site @balada - 12/01/2001



@balada - O Raimundos sempre de destacou pela irreverência e pela mistura de ritmos com o rock. No álbum "Lapadas do Povo", o grupo estava mais sério e um rock mais pesado. Qual a razão da mudança, que era a marca registrada do grupo?

Fred - Todo mundo acredita mundo numa primeira impressão assim, porque pesado o Raimundos sempre foi independente de explorar ou não, qualquer tipo de ritmo. O "Lapadas" tem até essa onda meio diferente dos outros discos, mas também não diferencia porque a gente sempre teve um som pesado, até pelas condições em que ele foi gravado. Nós saímos do Brasil sem nada pronto, sendo feito de uma forma atípica. Antes, no estúdio conhecíamos o pessoal, e lá não. Essa é a diferença, ainda mais porque quando voltamos e o disco começou a tocar no rádio, nós aparecemos mais em programas populares... Daí as pessoas falaram: Pronto, mudou. E, não é muito por aí. Se pegar o projeto do disco "Ao Vivo" e escutar, você vai ver que não tem diferença alguma, as músicas convivem numa boa, em perfeita harmonia.

@balada - Muita gente critica esse estilo hardcore e underground. Mas será que essas pessoas não deveriam agradecer por vocês divulgarem legal isso?

Digão - Bom, falam que o "Lapadas" é nosso disco mais pesado e torcem o nariz, aí a gente muda alguma coisa e torcem o nariz. Dá de tudo cara, não tem razão! Nunca, nunca vamos agradar todo mundo. Não existe "toca hardcore" e, nosso hardcore tá na veia, ele existe, a gente é brasileiro, não tem que imitar os americanos. Lá é muito fácil, existe uma linha totalmente diferente de trabalho. Não é preciso ir a um programa popular. No Brasil, se não fizer isso, você não sai de casa. Pô meu, a gente tem um Brasil inteiro aí pra mostrar porque o Raimundos é mesmo no show, entendeu?

@balada - Vocês já se apresentaram na Espanha, Portugal e Japão. Na Argentina, o Raimundos tem uma aceitação muito grande. Quais os planos do grupo para o exterior?

Digão - Bom, o Japão foi do caralho. A galera foi muito legal. Foi a melhor viagem de férias porque fizemos 2 shows e ficamos 7 dias. Nós conhecemos um cara lá, andamos no iate dele, um barcão. Mas em relação às viagens a rotina é a mesma.

@balada - O que vocês acham da divulgação do grupo via internet?

Raimundos - Hoje a divulgação pela internet é quase igual a de fanzines. A gente tem que procurar o fanzine específico e tal... Acho que a internet hoje é um fanzine eletrônico. Acho legal ir lá, digitar o endereço, vasculhar. O Raimundos, as pessoas acham que surgiu assim, foi uma criação da terra. E não, nós aparecemos muito em fanzines. Existe um amigo nosso, Rodrigo Ribeiro que fez uma página nossa na internet, que virou nosso fã-clube oficial que é raimundos.org.

@balada - A música em MP3 é um caso polêmico entre bandas. Qual a opinião do grupo em relação a isso?

Fred - Bom, eu não gosto. Mas também não vou criar caso com um fã por causa disso. Nós temos muita gente que trabalha pro disco estar na loja. É injusto por um lado, mas é hipocrisia lutar e processar os fãs. Quem não tem dinheiro pra comprar CD, tem na internet a única forma de escutar Raimundos.

@balada - Um momento difícil da carreira, sem dúvida, foi a tragédia no show em Santos. O que mudou para vocês depois disso?

Raimundos - Na verdade, o negócio aconteceu depois do show da gente e, ultrapassa qualquer necessidade e vontade da gente. Lógico que a gente não queria que isso acontecesse, foi uma fatalidade. Já viram que o Raimundos não teve culpa nenhuma, o julgamento já foi feito, então, pra gente não mudou nada. A gente sempre quis tocar tendo a segurança para público, isso escapuliu da nossa mão, até porque a gente nem estava no palco. Existe uma responsabilidade até certo ponto de cada um que está no show.

Creditos: Antigo Site Raimundomaniaca...

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Site "AQUI! " - 04/01/2001 - Fred


Hoje pode-se dizer que os Raimundos são uma banda consagrada. Já se passaram sete anos, desde o lançamento do primeiro CD da banda. Ela passou de grata surpresa vindo de Brasília, para se tornar uma das maiores representantes do rock brasileiro dos anos 90, influenciando toda uma nova geração de bandas. Depois do grande sucesso com seu último CD, "Só no Forevis", os Raimundos estão de volta, lançando seu sexto disco, o "MTV ao vivo", o primeiro CD ao vivo da banda. Com muita bagagem nas costas, após anos de sucesso, Fred, baterista dos Raimundos, conta tudo sobre o novo disco, suas influências, histórias da banda e projetos futuros.

AQUI! - O que levou a banda a gravar um CD ao vivo?

FRED - Na verdade tínhamos algumas datas marcadas do "Só no Forevis". Decidimos então, gravar os shows dessa turnê. Já que tínhamos testado o repertório pra caramba. E como já tínhamos cinco CDs lançados, nada mais justo lançar um ao vivo agora. Como a gente tinha colocado seis singles do "Só no Forevis", isso fez com que a turnê proporcionasse esse CD ao vivo. Fizemos tantos shows dessa turnê, que quando fomos gravar o show, não tinha mais aquela coisa: "Caramba hoje tá gravando. Não, hoje tá gravando também..." Só isso.

AQUI! - Qual foi o critério para a escolha das músicas?

FRED - Cara, o repertório do show não mudou nada para o CD. O show tem 2 horas e 30 minutos. O show da turnê do "Só no Forevis" já era uma coletânea. Os shows anteriores já eram uma pré-produção. Bem, se demorássemos mais, iria ser muito mais difícil escolher as músicas para o show e conseqüentemente para o CD.

AQUI! - E, agora, você acha que um ciclo foi fechado com esse CD?

FRED- Na verdade não vejo grandes mudanças. O Raimundos não mudou nada. Tanto que nos shows, as músicas do "Cesta Básica", que foi o CD mais porrada nosso, convivem junto com o do "Só no Forevis" numa boa. O "Só no Forevis" possibilitou uma turnê certa, né? Vários singles na rádio. Acho que isso possibilitou muito este CD ao vivo dos Raimundos. Fizemos um monte de programas de TV com o "Só no Forevis". Nós achamos que o rock merecia o seu espaço e começamos a fazer programas, que bandas de rock não estavam fazendo. Demos a cara pra bater, mesmo. Na verdade nós fizemos tudo que queríamos. Se o próximo CD vier só com peidos, nós iremos fazer (risos). No nosso contrato temos liberdade pra fazermos, pelo menos, dois CDs do jeito que a gente quiser.

AQUI! - Fala um pouco sobre a versão para "20 e poucos anos"...

FRED - Na verdade, a MTV estava com um projeto para uma nova novela. Eles achavam que os Raimundos tinham uma identificação com o público do canal. Eles chegaram com a opção da música do Fábio Jr. E nós fizemos a versão pra ver como iria ficar. E acabou que nós gostamos muito e a MTV mais ainda. Bem, nós tínhamos a escolha de falar, "Olha não ficou bom, e não é pra gente". Mas acabou que nós gostamos muito, e entrou até no CD como faixa inédita.

AQUI! - O mais engraçado é que muita gente não sabia quem tocava e nem de quem era a música...

FRED - É verdade. Muita gente não sabia. O engraçado é que as pessoas gostavam da música. Mas depois começou a rolar o preconceito por ser uma música do Fábio Jr. E esse preconceito a gente já vinha vendo com outras músicas, desde o "Só no Forevis". As pessoas que gostam de rock ficam reclamando: "Pôxa, na rádio e na TV só rola a mesma coisa". Mas quando uma banda de rock vai na TV, reclamam também. Rola uma incoerência muito grande e o preconceito também é muito grande por parte do público. Existe aquela coisa: tocou na rádio ou apareceu na TV, não serve e não gosta mais. Mas vivem reclamando do que rola na rádio e na TV.Muita gente ficou falando que "agora eles vão aproveitar com mídia". A letra de "A mais pedida" dizia exatamente o que nós iríamos fazer. Foi anunciado, vamos botar o pé na porta e vamos invadir. A idéia era exatamente essa. Nós nunca falamos ao contrário. Nós falamos que iríamos entrar de assalto mesmo em todos os lugares. Nós queríamos enfiar pela goela abaixo e mostrar para as pessoas que o rock em português é de boa qualidade também. Então, tem que ter espaço. E nós conseguimos isso. Ponto pra gente e pra todo mundo do rock. Tem que dar opção para o povo, para eles saberem o que é bom e o que é ruim.Alguém tinha que botar a cara pra bater, né. E nós decidimos dar a nossa pra bater. Bem, nós estamos apanhando até hoje. Mas um dia as pessoas vão reconhecer que foram muito radicais com a gente. E essas pessoas vão ver que nós continuamos a mesma banda. A tendência é achar um pouco diferente, mas mudar o estilo não.

AQUI! - Por que vocês decidiram não tocar no Rock in Rio?

FRED - Na verdade, desde agosto eu já era contra o Rock in Rio. Eu lembro que o nosso empresário tinha falado que provavelmente nós iríamos ser convidados para o festival. Cara, tudo bem que o Rock in Rio é um festival grande, mas eu posso te dar mil explicações do porquê não tocar nele. Só vou falar alguns pontos. Um é que o Raimundos iria ser mais ou menos arroz de festa. Nós já fizemos todos os festivais importantes do Brasil. Não vejo esse negócio que o Raimundos tinha que estar lá. Outra, Raimundos teria 40 minutos em que nós não iríamos usar o nosso cenário, onde o som não vai estar perfeito, a luz também não e nada vai estar perfeito. E acho que seria um desrespeito com o público da gente. E tem mais: festival de rock não se mistura com política. Tem muita coisa envolvida. A marca Rock in Rio é muito conhecida. Eu acho que quase no mundo inteiro. Cara, é o maior festival da América Latina. E esse slogan "Por um mundo melhor", pôxa, eu também quero um mundo melhor, mas não precisa anunciar. Essa ajuda beneficente é de praxe, e o 5% é pra isenção de Imposto de Renda. Eles não estão fazendo nada de mais do que iria ser feito . Pôxa, para "um mundo melhor", muito bonito. Não precisa chamar as pessoas para doar os 5%. Já seria doado. E o fato da pessoa ter comprado o ingresso faz com que ela pense que já está isenta de qualquer coisa que possa fazer pelo próximo. Tipo: "Ah! Comprei o meu ingresso, e já estou ajudando". Na verdade não é isso, essa pessoa não vai ter participação nenhuma nisso.Bem eu não estou falando para as pessoas não irem ao Rock in Rio, não é isso. Vão ao Rock in Rio, vai ser muito legal, mas não pra gente. Não estou fazendo campanha contra. Acho que as pessoas têm que ir mesmo. Vai ser do caralho. Mas, infelizmente, não para os Raimundos.

AQUI! - Quais as bandas que você anda escutando?

FRED - Putz!! Cara, lá fora tá difícil de falar pra você. Vou generalizar. Mas é um pouco sem querer. Nunca vi tanta pobreza.

AQUI! - Mas nos Estados Unidos o que manda é o Rap, né?

FRED - Mas nem o Rap de lá tá tão legal como antigamente. O Rap nacional é muito melhor. O Rap americano tá muito numa mistura de Backstreet Boys com... sei lá. Tá horrível! Cara, passei um mês lá. E nada mudou, a música que tá rolando é igual a de antes. Tá tudo muito parecido.

AQUI! - Você acha que vai acontecer alguma coisa de bom?

FRED - De bom, acho que está acontecendo aqui. Tá uma pobreza total lá fora.

AQUI! - E na Inglaterra?

FRED - Lá a coisa é mais eletrônica. Nada contra, mas não curto. Não tem nada surgindo de novo. Bem pelo menos nos EUA. O que estou escutando mesmo são as bandas nacionais.

AQUI! - Quais?

FRED - Parece bairrismo, mas eu estou escutando o novo do Rumbora. O disco é meio difícil quando você escuta a primeira vez, depois você escuta mais vezes. Putz! É muito legal. Muito legal, mesmo! Já é um CD clássico dentro do meu carro. Tem o CPM 22, de São Paulo, que ainda não tem gravadora. E é muito bom também.

AQUI! - O que você acha da influência dos Raimundos em relação às bandas novas?

FRED - Hoje em dia rola a influência, mas não cópia. Hoje no Brasil a galera está tendo muito mais influência das bandas nacionais do que das estrangeiras. Eu acho isso ótimo. Pôxa, pelo menos não tá copiando uma banda gringa. O que eu vejo é que bandas nacionais, apesar de influenciadas, tem uma coisa muito própria. Nós mesmos temos influência dos Ramones, mas nós não somos os Ramones. Nós temos uma coisa nossa. Teve uma época em que as gravadoras estavam procurando um novo Raimundos, um novo Planet Hemp, um novo Skank. Mas acho que elas quebraram a cara. Acho que o Skank foi o mais bombardeado. Todas as gravadoras queriam um Skank. Com Raimundos já foi mais difícil. Bem, o fato das letras falarem de besteira, mas com certa consistência, não é fácil não. É uma das coisas que eu sou fã do Rodolfo, sabe. Toda banda que aparece como os Raimundos soa muito boba, débil mental. Eu gosto de como o Rodolfo escreve. Ele pode escrever a maior besteira do mundo, mas ele faz de uma maneira consistente. Isso tudo que aconteceu com Raimundos de conseguir horário nobre na TV e outras coisas importantes, independente disso, nós aprendemos na estrada. Tipo vamos pegar o carro do Fred, sem embreagem mesmo, e vamos para o Rio de Janeiro (show no Circo Voador, festival Super Demo com as bandas: Pravda, Skank e Raimundos ). Bem, tem muitas histórias. Hoje em dia a galera se junta pra formar uma banda, e já quer gravar um CD. Pôxa, vai fazer show.

AQUI! - E a amizade com outras bandas? Existe?

FRED - Uma das coisas que eu acho é que o estilo musical não tem nada a ver com amizade. Não se misturam. Pôxa, só porque o cara é pagodeiro você não pode ser o melhor amigo dele? Mas na hora da diversão o cara vai escutar o seu pagode, e você vai escutar a sua podreira. Brasília é muito assim. Você acaba ficando amigo de todo mundo.

AQUI! - Vimos o show do Super Demo no Circo Voador que você falou. No final opessoal do Skank convidou todas as bandas do festival pra participar. Rolou um clima maneiro entre as bandas naquele dia...

FRED - É muito fácil fazer amizade com o pessoal do Skank. Os caras são gente boa pra caramba. Hoje em dia o Haroldo (baterista do Skank) é um dos meus melhores amigos.

AQUI! - Antigamente rolava muitas entrevistas de bandas falando mal umas das outras, né?

FRED - Lembro que quando saiu o "Só no Forevis", tava todo mundo falando mal dos pagodeiros por causa da capa do CD. Na verdade não era. Era uma sacação mostrando o que estava rolando na mídia. Na verdade, havia três opções, que eram: o pagode, a música baiana (axé music) e o sertanejo. Bem a música baiana teria que ter uma loira e uma morena. Bem, o Canisso não iria encarar uma loira e nem eu seria uma morena do "É o Tchan" (risos). Não iria rolar, não tinha como. O sertanejo é dupla e nós somos quatro. E o que mais cabia nisso tudo era o pagode. Mas a sátira não foi ao pagode. O que a gente queria era pegar um ícone muito forte. E só um pagodeiro não entendeu isso. O resto entendeu. Adoraram a brincadeira, viraram amigos da gente. Teve uma vez que o Belo foi num show nosso no ATL, e nós achamos o máximo. E o cara entendeu o que nós queríamos passar no CD.

AQUI! - E você ? Você gosta de pagode?

FRED - Na verdade, eu não posso dizer que eu não gosto. Toca tanto nas rádios, que você acaba aprendendo a cantar alguma coisa. Mas eu não tenho CD de pagode em casa.nem pretendo cantar alguma coisa. Mas eu não tenho CD de pagode em casa.ndendo a cantar alguma coisa. Mas eu não tenho CD de pagode em casa.ndendo a cantar alguma coisa. Mas eu não tenho CD de pagode em casa.ndendo a cantar alguma coisa. Mas eu não tenho CD de pagode em casa.ndendo a cantar alguma coisa. Mas eu não tenho CD de pagode em casa.

AQUI! - Existe planos de criar um selo ou produzir alguma banda?

FRED - Cara eu tinha. Mas eu não tenho tempo. Tenho vontade de produzir também, mas a falta de tempo é muito grande. Já até fui convidado, mas não vou pegar um projeto que eu não vou dar conta.

AQUI! - A banda já tem planos para o próximo CD?

FRED - Ah! Tem com certeza. Este ano entraremos em estúdio. E todo mundo agora tá falando: já podemos esperar o acústico. E não é nada disso. Pôxa, acho que esse disco foi mais para comemorar a nossa carreira. Mesmo que o presente fosse só pra gente mesmo. O presente é o CD ao vivo. E não terá seqüência. Será inédito.

AQUI! - Fale mais do novo CD.

FRED - Esse CD tá servindo para mostrar músicas que não tocaram na rádio. Que não tiveram tempo para ser trabalhadas na rádio. E, também, tem aquela coisa: vai mostrar para o público que conhece o "Só no Forevis" as outras músicas dos outros CDs. E nós temos consciência que 60% das pessoas vão continuar comprando os CDs e indo ao show, conhecendo o nosso trabalho. E tem 40% que só querem ouvir a tal música que toca na rádio e acabou.Essa popularização dos Raimundos não foi prejudicial. Se nós ganhamos um fã, já valeu. E pelo menos deu pra mostrar que CD de rock dá para as pessoas curtirem e terem opção musical. Pôxa, tem várias bandas boas por aí , é só darem chance para chegar ao público.

AQUI! - Vocês tem alguma intenção de uma carreira no exterior?

FRED - Temos. Na verdade nós estamos sempre fazendo show na Espanha, Portugal, Japão...

AQUI! - E é legal? Tem receptividade?

FRED - Tem. No Japão é casa lotada. Bem, o Japão é a maior colônia brasileira. É a mesma coisa do que estar tocando aqui. Casa lotada. Quando nós chegamos no aeroporto o fã clube tá sempre lá. É super legal.

AQUI! - E CD em Espanhol?

FRED - Nós fizemos uma versão do "Lavô Tá Novo" (terceiro CD da banda). A música escolhida foi "I saw You sayng". Mas ficou tão ruim, que preferimos deixar como estava no original mesmo.

AQUI! - Você sendo um morador do Rio de Janeiro, como vê a violência na cidade?

FRED - Cara, a capital saiu daqui, mas ainda continua sendo o centro das atenções. São Paulo também faz parte do centro das atenções. Aí, quando acontece alguma coisa, vai para todo país. Rio e São Paulo são vitrines para tudo, até para violência. E as estatísticas falam que São Paulo é muito mais violento do que o Rio de Janeiro. Bem, no Rio de Janeiro todos sabem de onde vem, e o porquê da violência, mas em São Paulo não.

AQUI! - O que você acha dessa guerra Napster x Gravadora x Artistas?

FRED - Acho válido para as bandas que não têm gravadora. Só acho perigoso olhando para o lado empregatício da coisa. Tem as pessoas da gravadora, que fazem essa máquina trabalhar. Isso acho que tinha que ser preservado. Tem o cara que faz a capinha, que leva para as lojas e outras mais. Eu acho legal o Napster, é mais uma opção. Eu acho que as pessoas têm que ter opção.

AQUI! - Você vê alguma solução?

FRED - Não. Quando eu estava nos EUA eles fizeram um código para computador pra as pessoas não violarem. Mas conseguiram burlar tudo. Na verdade, é muito difícil brigar contra isso. Tem que haver um bom senso.

AQUI!. Você tem o Napster?

FRED - Não, não tenho. Acho até legal pra pesquisar. Mas quando me falam que banda tal é legal, eu prefiro ir na loja e comprar o CD. Ele é áudio visual. Eu gosto de ver a arte gráfica, quem tocou nele, essas coisas, né?

AQUI! - O que você gosta de ver na Internet?

FRED - Quase não entro em páginas. O que eu faço é ver meus e-mails. Ah! Vejo site de sacanagem, se eu falasse que não estaria mentindo (risos). Vejo também o site dos Raimundos pra ver como está.

AQUI! - Você vê alguma coisa de instrumento? Bateria?

FRED - Não vejo, não. Já sei todas as informações de bateria. E o meu contato com a bateria é nos shows mesmo. Só toco na hora do show. Sou muito mais vagabundo do que anos atrás.

AQUI! - E as influências como baterista?

FRED - Cara, eu comecei tocando bateria quando um amigo me mostrou o vídeo do The Police. Pôxa, aí eu falei: que maravilha! O estilo de tocar do cara, a armação da bateria. Tem um outro baterista que é o Mitch Mitchell (Jimi Hendrix Experience) que é uma outra grande influência.

AQUI! - O que você gosta de fazer quando não está com os Raimundos?

FRED - Gosto de ficar na minha. Descansar. Gosto de viajar adoro mato, adoro serra. Na verdade só não estou morando num lugar desses, porque minha mulher não quer. Por mim eu estaria morando numa serra. Meu sonho é ter uma casa em uma montanha.

AQUI! - Você viu algum filme que possa indicar pra galera?

FRED - Filmes? Não lembro o nome de nenhum agora. Pra falar na lata, não lembro.

AQUI! - E livros?

FRED - Gosto de livros jornalísticos. Tem um livro que eu devo comprar que é o "Estação Carandiru".

AQUI! - E CDs?

FRED - O Message in Box, que é a caixa com todos os CDs do Police. Tem um disco do Superdrag que eu não lembro o nome. E tem o novo do Foo Fighters, que foge da pobreza, da qual já falei pra você.

AQUI! - E nacional?

FRED - Eu gosto muito do "Severino" dos Paralamas, acho um clássico total.

Creditos: Antigo Site Raimundomaniaca...

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Revista "QQ ROLA" (Campinas-SP) - Canisso



Numa entrevista nada convencional, Canisso, Baixista dos Raimundos bateu um papo com a gente e disse na lata um monte de curiosidades da banda, nas próximas páginas vocês vão ficar sabendo das roubadas que esses caras se meteram, o que eles curtem nas horas vagas, o que acham do rock brazuca e da rapaziada de Campinas.

QQ - Vocês estão estourados, esse disco ta tocando muito nas rádios, muito assédio dos fãs e principalmente da mídia. A imprensa ta enchendo o saco? Às vezes pega pesado ou passa dos limites?

Canisso: Ah não. É normal, tipo assim, a gente ta em evidência, aquele momento que todo mundo gostaria de ter, então não tem jeito de reclamar de nada. É só chato a gente ter que responder pela milésima vez, a milésima pergunta: Porquê o nome Raimundos?, Sabe. Tipo aquelas perguntas básicas, mas é normal. O fã que ta com a gente desde o início é que fica meio injuriado. Ele já conhece tudo, já conhece aquelas perguntas. A imprensa é interessante, a gente nota uma certa preocupação dos meios de comunicação mais especializados em buscar outra abordagens, outras paradas. A gente já ta na mídia a um tempo, tem perguntas que a gente já respondeu duzentas vezes. É aquele negócio, é o momento que todo mundo gostaria de tá passando, é uma banda. Quando você faz a banda no primeiro ensaio, aí você pensa: se algum dia a gente fizer sucesso, e isso é o bicho, a ideologia da parte do sucesso é isso.

QQ - O que você faz agora, que você não fazia antes e o que você não faz agora que você fazia antes?

Canisso:Por incrível que pareça nesses ambientes de show eu vou e a galera tem, tipo um carinho especial. Eu pela minha atitude de, de repente Não me deixar abater por isso, to sempre no meio da galera assim não sofro muito com isso quanto o Rodolfo, por exemplo, o Rodolfo é o showman. É muito estranho mesmo, mas eu acho que pela minha própria atitude, de não me sentir afetado de ir aos lugares, ao cinema, ou ir em um show de uma banda que eu gosto, as pessoas me respeitam, a moçada chega na boa. Eu sou uma pessoa super acessível, eu paro sempre pra conversar com qualquer um. Às vezes a gente chega cansado no hotel, entra no quarto e dorme umas quatro horas. Eu já fico me policiando, quando eu vejo a galera na porta do hotel eu vou lá, desço um pouquinho, sabe conversar um pouco, dar uns autógrafos, não custa nada. É muito interessante saber a opinião do público, sempre rola uns palpites muito interessantes, é muito legal. Mas o que eu faço antes que eu fazia antes que eu não faço depois, deixa eu ver... Eu acho que eu parei foi de comprar roupas, agora eu ganho as roupas, sei lá, eu nunca me toquei muito com essas parada de roupa e tal, então agora que eu ganho é melhor ainda.

QQ - Que bom né cara, que você conseguiu preservar sua intimidade?

Canisso: Eu tenho esse negócio porque a gente tem um lema no Raimundos que é o seguinte: o Raimundos são apenas a continuação do público dele em cima do palco, a gente é, tipo, uma parte daquela galera ali, É aquela história você tem que manter um padrão, não adianta agora a gente querer dá uma de pagodeiro otário, começar a usar terninho, sabe?

QQ- Essa zoação que vocês fizeram foi uma parada legal. Os pagodeiros levaram pro lado pessoal?

Canisso: Não, não, muito pelo contrário. No último show da gente no Metropolitan adivinha quem tava lá e que foi cumprimentar a gente no camarim? O Belo do Soweto, é massa, o Rodolfo tomou o maior susto!

QQ - Eu vi vocês participando daquele quadro "quem sabe mais", no planeta Xuxa e parecia que o vocalista do Karametade fazia questão de ganhar pra mostrar que era melhor. Parecia que ele teve bastante preocupado em provar alguma coisa, você não achou?

Canisso: É e eles nem ganharam, quem ganhou foi a gente, só que a regra do programa era diferente da parada da MTV, na parada da MTV você falava a resposta e já valia, naquele ali não.

QQ - Eles tavam colando, né? (muitos risos)

Canisso: É , tinha que bater e falar a resposta, e a gente falava as respostas antes, os caras colavam e batiam. (RISOS). E caiu umas paradas que eu nunca ouvi falar, Julio Iglesias, aí é fogo!

QQ - Você tava falando que o Rodolfo tem mais assédio, mas é você que é o porta voz dos Raimundos...

Canisso: Não fala isso pelo amor de deus!. Não existe essa de porta voz. Eu tenho mais facilidade, acho que é por causa da minha formação, sei lá..., Lá em casa todo mundo é advogado e tal, eu fiz até o quinto semestre de direito, mas é besteira, sei lá, eu tenho uma dialética melhor ( risos). Mas não tem essa, todas as opiniões tem o mesmo peso, não tem essa de porta voz, um fala pelos outros, é coisa meio de atribuições, foi como eu falei na Marilia ( Gabriela), cada um tem uma função meio que premeditada, o Fred mexe com essas paradas de contrato, de empresário, valores e tal, Então lê já sabe o que é melhor pra banda nessa parte, o Digão já tem uma parada de criatividade musical, assim ele manda muito bem com os dedos nas cordas, riffs, tocar uma música, titrar um negócio, é com ele.

QQ - Você acha que é um peso ser o ídolo da galera?

Canisso: Não, que eu não me considero ídolo de ninguém. Eu mesmo não tenho ídolo, só tenho um ídolo maior que é Deus. Eu acho que os homens são inferiores a Deus.

QQ - Mas você tem que reconhecer que a galera se amarra em vocês, e os Raimundos são ídolos de muita gente...

Canisso: É, inclusive tem uma moçadinha que se espelha na gente bastante, é tipo uma coisa complicada na fama, de repente você tem que começar a se policiar, tem muita gente que se espelha em você, nas suas opiniões, nas suas atitudes e tal, mas é aquela história, eu não to aqui pra tomar as dores do mundo, é meio estranho, a gente tem que tomar certos cuidados, no episódio do Mamonas a gente herdou naquela época um público de molecada e era meio estranho, de repente a gente falava pra caramba de temas polêmicos drogas,sexo, e , de repente, começava a ver uns fãzinhos dede 6,7 anos sabe? É uma coisa assim que mexe um pouco com a cabeça, então tem que se encontrar,, a gente tem uma coisa muito certa, é que a gente é do bem, então as letras são meio contundentes, mas todas elas tem uma orientação muito positiva.

QQ - Conta pra gente a última situação engraçada que rolou com vocês.....

Canisso: Agora? Assim? Engraçada? Ah, engraçado foi agora, a gente foi dar um show em arraial d’ajuda, ai o som veio parando assim ( imita um motor parando), sabe quando vai acabar a pilha? Aí parou o som do palco, só ficou o microfone,a acabou a iluminação acabou , aí o Rodolfo foi lá contar uma piada muito engraçada, aí foi manêro, foi engraçado...

QQ - O quê vocês fazem nas horas vagas?

Canisso: Com certeza, rola um surf, quando dá, quando a gente faz um bate e volta. O Rodolfo tá lá no litoral com certeza, já vai direto pro show, a gente, sei lá, já se adaptou com a vida na estrada e a gente procura levar um pouco da casa da gente e tenta encontrar um pouco da casa da gente em cada lugar.

QQ - Eu imagino que seja uma correria muito grande, tem que atender todo mundo, não é só fazer show...

Canisso: É aquela história, tem que estar com um sorriso 24 horas no rosto, se não acham que você tá mal humorado e neguinho fala: "ih, aquele cara ai’, nunca mais compro o disco dele..."

QQ - Vocês já tocaram de surpresa em algum lugar?

Canisso: É já rolou um lance assim: a gente vinha voltando de São Paulo, eu zé ovo, Rodolfo e o Digão,, e tipo assim, a gente parou em São Carlos pra ficar no apartamento da família do Zé Ovo e tal, e a gente saiu pra rangar e tava rolando um show,a gente entrou e tava rolando um show sem ninguém conhecer, tocou e a galera se amarrou e tipo assim sem ninguém saber de nada...

QQ - De surpresa?

Canisso: É foi de surpresa, há oito anos atrás, tipo a gente parou, tocou, foi muito engraçado, hoje em dia a estrutura é muito diferente, graças a Deus a coisa cresceu, pô, e quando a gente foi pra tocar em Campinas...

QQ - Quê rolou?

Canisso: Pôxa, Campinas foi o bicho, é sempre legal, acho que a gente foi tocar umas três vezes ou mais.

QQ - A rapaziada de Campinas gosta muito de vocês...

Canisso: E a recíproca é foda, quando a gente foi dormir no DCE da unicamp, manja? naquela casa, naquela bocaína de fazenda que tinha lá, enorme , antigo pra caramba, saca umas parada assim na beira da ferrovia? A menina que foi buscar a gente foi com uma quantum, puta esquentou o motor, a quantum ferver no meio da noite, naquelas estradas seculares daí, saca estradinhas de terra, pois é, gente ficou hospedado aí pra tocar no Juntatribo na Unicamp e a gente focou nessas fazendas que era dos anos 30 ou 40, uma coisa bem antiga.

QQ - E como foi o Juntatribo?

Canisso: Puta, muito louco, a MTV acompanhou assim, por coincidência o que rolou, acho que foi o primeiro pontapé na carreira dos Raimundos, então a gente tem uma ligação muito forte com o pessoal de Campinas pelo fato de Campinas ter dado um pontapé inicial na carreira da gente dentro de São Paulo. A gente tocou com Firebirds, Safári Burguer... que mais , em um monte de banda maneira que ainda tão na parada, quer ver? Muzzarellas...

QQ - Você acha que é mais difícil pra galera do rock, pelo fato de não ter espaço pra divulgar seu trabalho?

Canisso: É, o lance do rock é esse, o rock tem que ir pelo lado mais duro, você precisa ter força pra romper os padrões e só vai conseguir essa força sofrendo discriminação , entendeu?

QQ- Como você vê o futuro do rock no Brasil?

Canisso: Se liberar, ficar muito na mídia, ele suaviza, vira pop, é o caso dos Titãs, pra eles conquistarem um público de 2 milhões de cópias tem que suavizar, tem soar pop rock, aí já não é mais rock, é tipo assim, aquela linha tênue que separa o sucesso do ridículo (risos), e esse é o grande perigo do sucesso, pra mim, vale muito mais 200 mil, 300 mil cópias que compraram do nosso disco no decorrer de cinco anos, do que 1 milhão que compram num mês...

QQ - É seu público fiel, se você fizer um trabalho que não agrada, seu público não vai comprar, é o caso do Metallica, depois do Black Álbum eu não comprei mais...

Canisso: Não comprou? Eu acho legal, eu comprei todos, até o black álbum (risos), e os outros dois eu ganhei de um locutor de rádio, mas o último se eu não tivesse ganhado, não ia comprar, pra você ter uma idéia...

QQ- Você gosta bastante de Metallica?

Canisso: Adoro!

QQ - Quais bandas que você mais gosta?

Canisso: De coração? Assim? Metallica, Suicidal, ah, tem muitas...

QQ - Canisso valeu por mais essa entrevista, você é muito gente fina!

Canisso: Que nada! Anota aí o endereço da nossa home page pra você botar na matéria: www.rockdemo.com/raimundos , é a home page oficial, com data de shows, fotos e matérias...

Creditos: Antigo Site Raimundomaniaca...

Obs. Caso alguém queira repassar a matéria não há problema algum, basta citar o Bau do Raimundos como fonte. Obrigado por ajudar a divulgar nosso trabalho.

Revista Dynamite - (11/2001)


O Raimundos está lançando o novo álbum com o irônico nome "Éramos 4" e fecha um ciclo de 13 anos de vida. A faixa inédita do disco, “Sanidade”, já tem Digão no vocal. Os caras da banda aproveitam para, finalmente falar tudo sobre a saída do Rodolfo e o que o futuro reserva pra eles.

Dynamite: Vocês ficaram um tempo sem saber o que fazer depois da saída do Rodolfo. A banda até anunciou o fim. Como decidriam voltar?

Fred: É, da forma que ele saiu foi díficil saber se iríamos voltar algum dia. Mas acho que, por ironia do destino, tinha uma lacuna na história da gente que se chamava "Sanidade". E, a convite da gravadora, nós gravamos essa música que estava na primeira demo, que já era no vocal do Digão. A partir dessa gravação, a gente teve a última prova e certeza que nada disso ia morrer

Canisso: A sucessão natural do Rodolfo seria o Digão. Ele sempre foi a segunda voz do Raimundos. É uma coisa que não causa estranheza. Quando a gente ouviu a música pela primeira vez na rádio, o locutor nem percebeu. é interessante isso, porque a voz dele encaixa perfeitamente

Dynamite: Mas, quando que vocês decidiram pela volta?

Digão: A gente estava bem cansado, nunca paramos, então decidimos tirar umas férias, esfriar a cabeça. Porque ninguém pensa de cabeça quente, porque ninguém pensa de cabeça quente. Eu fiquei em Brasília um tempão, aí pensei, toquei um som numa festa, junto com o Bi Ribeiro e a Débora (do detrito federal) . E eu tocando guitarra e cantando, falando com o povo... eu liguei pro Fred e falei " Caramba Fred, eu posso cantar !! " , e o Fred: " Ah , não brinca, que novidade né?". Porque ele já sabia disso.

Dynamite: E quando o Rodolfo saiu e falou todas aquelas coisas? vocês imaginam o por quê?

Canisso: Eu vou tentar explicar psicologicamente, a gente tenta matar dentro da gente mesmo o amor que sente por alguma coisa, quando você está se separando dela, se é uma mina, você ressalta os defeitos e esquece os pontos positivos.

Fred: Na verdade, todo mundo espera uma resposta nossa, mas acho que uma resposta em um momento desses poderia até soar como falta de educação ao público. Nossa melhor resposta é manter a coisa mais forte do que nunca.

Dynamite: E o fato dele ter dito que não havia diálogo entre vocês?

Fred: A gente malhava junto e conversava todos os dias! Eu prefiro falar do Raimundos novo, bola pra frente!

Digão: A gente estava em uma turnê que nunca parou e passava 4 dias da semana na estrada, se falava todo dia, então eu chegava em São Paulo e queria ver minha mulher e meus filhos.

Dynamite: Vocês têm falado com o Rodolfo?

Canisso: Eu falo esporadicamente.

Dynamite: Como que foi entrar no estúdio e gravar?

Digão: Todo mundo participou, foi muito em conjunto, Raimundos sempre foi até muito democrático, mas foi mais ainda

Canisso: Aí deu um gás, a gente pensou na possibilidade de incluir mais algum músico para suprir as guitarras nas horas que fossem imprescindível, então entrou o Marquinho do Peter Perfeito (banda de Brasília), e o cara mostrou aquele interesse louco, no terceiro ensaio já estava tirando tudo, e a gente não ensaiava há muito tempo, como banda , a gente era praticamente de show, nem passagem de som fazia, tirar as músicas de novo, refazer um set list, ver as transições entra as músicas, foi muito tesão!!

Dynamite: Porque gravar a música "Desculpe, mas eu vou chorar", do Leandro e Leonardo?

Fred: Na verdade, foi de um projeto paralelo, o Cult 22, da Rádio Cultura de Brasília, Naquela época, eles resolveram chamar todas bandas que estavam no cenário de rock local e a missão era escolher uma música que fosse quase que absurda estar no seu repertório original, a gente estava no estúdio e sem saber o queia tocar, todo mundo das outras bandas já tinha ensaiado...

Dynamite: "Nana Nenem" também foi assim, no improviso?

Fred: A gente nem ia gravar Nana Nenem, era Boi da Cara Preta, que não foi liberada, então, na hora rolou Nana Nenem, a 20 e Poucos Anos do Fábio Jr. também, a gente chegou no estúdio sem saber as notas direito !!

Dynamite: Como foi ter que gravar Fábio Júnior?

Fred: Não é "ter que gravar", foi um convite, a gente tinha a opção de gravar e, ficando legal aprovar, ou deixar pra outra banda.

Dynamite: Muito se comenta que o Raimundos é a cara da MTV, vocês se vêem assim?

Fred: Sim, a gente cresceu junto com uma fase que a MTV cresceu muito, e num momento que Raimundos era improvável em uma rádio, quem acreditou e fez abanda chegar lá foi a MTV, eu não sei nem se o Raimundos é a cara da MTV, mas MTV mostrou a cara da banda!

Dynamite: O que você acha da MTV hoje em dia? ela é muito criticada por não passar mais clipes...

Fred: A MTV é uma concessão externa, mesmo tendo cortado muito do clipe, você tem que lembrar isso, ela não é dona do seu nariz por completo, e mesmo assim, ela tem uma identidade muito pessoal dela, e em nenhum outro lugar do mundo você vê uma MTV como a daqui, eu sou protetor da MTV Brasil, podem falar o que quiser de mim, mas eu acho que sem ela seria muito diferente!

Dynamite: E Ramones?

Canisso: A gente começou a tocar por causa do Ramones, são as escalas mais primárias para você começar a tocar com alguém.

Digão: Sem modéstia, acho que Raimundos é a banda que mais tirou Ramones fiel.

Canisso: A noite de lançamento do nosso primeiro disco era a mesma do show do Ramones em São Paulo, a gente achou que não ia ter ninguém o Ramones era mais cedo, então estava cheiaço, em Novembro do mesmo ano, a gente abriu o show dos caras.

Digão: Em Camboriú, eles viram o nosso show no palco, e no camarim, eu fiquei conversando com o Joey, eu aqui (em pé, normal) e o Joey (sobre em cima da cadeira) : " I like the slow music" , falando de selim !!

Canisso: Quando o Marky ia tocar com o Dee Dee aqui no Brasil, o Dee Dee furou em cima da hora e chamaram a gente, ensaiamos com ele, se tivéssemos gravado teria dado álbum triplo, fizemos um set com as mais conhecidas, e em decorrência da dissolução da banda, a gravadora decidiu lançar esse show.

Fred: Mas eu questionei: será que depois de 10 anos, não passamos de uma boa banda cover de Ramones? por que a gente tinha que começar e terminar da mesma forma? a gente entrou em conversação e decidiu gravar Sanidade, foi a música que deu o tapa na cara e disse, "Não acabou Não!! ".

Dynamite: Vocês têm que lançar um disco por ano??

Fred: Não, existe uma coisa que é prevista, o mercado nacional é culpado de um disco por ano, qualquer banda que fica dois anos sem lanças, já começam a falar coisas.

Dynamite: E trbalho inédito? vocês já estão pensando em alguma coisa?

Fred: Um dos motivos que jogaram na imprensa para o fim dos Raimundos era que a gente lançava um disco por ano, seria até perigoso fazer um disco no meio disso tudo, poderia ser intimista, rancoroso e tudo mais, e já que um dos motivos era gravar um disco a cada ano, porque a gente iria gravar agora?

Canisso: A gente tem que esperar o Digão estar mais experiente como vocalista.

Fred: Nesse momento não seria legal, Agora queremos estrada!

Creditos: Antigo Site Raimundomaniaca...

Obs. Caso alguém queira repassar a matéria não há problema algum, basta citar o Bau do Raimundos como fonte. Obrigado por ajudar a divulgar nosso trabalho.

Rock Brigade - (11/2001)


Não foi só o público que se surpreendeu com a saída do Rodolfo (vocal) dos Raimundos. Canisso (baixo), Fred (bateria) e Digão (guitarra e agora vocalista), também foram pegos de calças curtas pela decisão do antigo colega de banda. O quarteto chegou a se declarar extinto, até que nas reuniões para o lançamento de "Éramos Quatro (CD que traz, além de três faixas de estúdio, o show que a banda fez acompanhando Marky Ramone, no ano passado, em São Paulo, e no qual tocaram exclusivamente músicas do quarteto americano ) , decidiu-se continuar como trio, com Digão nos vocais . Contribui para essa decisão o fato de uma das três músicas de estúdio escolhidas para esse disco ser "Sanidade", tema da primeira demo do grupo e que tinha o guitarrista acumulando as funções de vocalista - e acabou sendo regravada.. O susto com a saída de Rodolfo, a volta como trio, a emoção de tocar ao lado de seus ídolos e os planos para o futuro.. Os três falaram sobre tudo isso e mais um pouco numa entrevista exclusiva com a BRIGADE - e com a sinceridade que sempre foi habitual a eles.

Rock Brigade: O que aconteceu, afinal, com a saída de Rodolfo?

Digão: A banda acabou pelo susto, pelo fato de a gente ser o íntimo, a saber, que o cara estava fora. A gente não sabia nada, imaginava que, se fosse o caso, ele propusesse tipo "estou cansado de falar palavrão". Beleza, tudo pode ser conversado, mas não, de repente, o cara saiu, assim. E isso chocou a gente num primeiro instante. E agora? ... a gente precisava pensar .

Fred: Nós éramos quatro moleques que saíram de Brasília, depois de 10 anos, tudo conquistado, tudo normal, quando tudo entra nos eixos, acontece uma coisa dessas, cara, é assutador!!

Canisso: A gente não entra num casamento esperando o dia em que vai se separar. A gente sempre confiou muito uns nos outros. Claro que cada um sempre teve seus momentos de stress, mas isso se resolve, irmão que é irmão briga.

Fred: Não brigar é indiferença.

RB: Eu entrevistei você dias antes da notícia e nem podia imaginar que ia rolar isso... (a entrevista saiu na RB nº 178)

Fred: A gente não sabia nem no dia do lançamento do DVD (N do R: que foi depois daquela entrevista). Nas entrevistas ele chegava a falar do próximo disco.

Canisso: E no final ele saiu da banda...

RB: Mas qual motivo dele ter saído, afinal?

Canisso: Aí, tem que perguntar pra ele.

Fred: Passa pra próxima pergunta! (risos)

Digão: Ele já falou tanta coisa que eu nem se mais o que é, eu tentei entender, mas não consigo.

RB: Sobrou algum ressentimento, pelo jeito...

Fred: Se sobriu é só pra gente.

Canisso: A gente fez meio que uma terapia quando se reuniu finalmente pra tocar, pra fazer um set list e ensaiar com o Digão, como vocalista, e o Marquinho como novo guitarrista (N do R: da banda brasiliense Peter Perfeito, que vai fazer a segunda guitarra). Já que era difícil encontrar alguma explicação, a melhor coisa naquele momento era parar e tocar, rearranjar as músicas.

Fred: Se ficou algum ressentimento, vai ficar pra gente, o público não vai participar disso, só vai participar da alegria que o Raimundos sempre trouxe.

Canisso: E o ressentimento não é da saída, é da forma que aconteceu.

RB: Em algum momento, a banda chegou a encerrar as atividades?

Fred: Na verdade, nós tiramos férias de um mês. Aí a gente começou a se telefonar de novo e ficamos sabendo do projeto da gravadora (o disco éramos quatro). A notícia que chegou era que seria só cover do Ramones e a gente achou que não ia ser legal terminar como uma banda de cover, sendo que nós vendemos 3 milhões de discos com músicas próprias, então, nós questionamos a gravadora para procurar alguma coisa no fundo do baú, eu falei para eles não trancarem o baú e jogarem a chave fora.

Canisso: Essa parada do Ramones era pra cumprir contrato, era algo independente da gente, já que a banda naquele momento já não existia.

Fred: E, ironicamente, a única música inédita que tinha era sanidade, que tem o Digão nos vocais, a gravadora perguntou se haveria a possibilidade de entrarmos em estúdio para regravar a música e como nessa época a gente já estava se conversando, acabou rolando a volta como trio.

RB: E a gravadora, como reagiu a todo esse problema?

Fred: Normal

Digão: Ganhamos quatro artistas, obaaaa ! ( risos!)

Canisso: Agente até pensou que eles iam pegar o contrato e dizer: " vocês me devem isso e aquilo!!" , mas não, só queriam uma posição oficial da gente e pediram para ser a primeira opção dos nossos trabalhos solo.

RB: Marquinho vai ser um membro efetivo da banda ou será apenas músico contratado?

Canisso: O cara tem a banda dele, o Peter Perfeito, ele está emprestado pra gente, se ele vai continuar ou não nós vamos ver no futuro.

RB: O fato de vocês não terem um músico que seja apenas vocalista não vai fazer falta?não vai ficar faltando à figura de um frontman?

Fred: (apontando pro Digão) Maior frontman que esse? (risos), ele ocupa muito mais espaço! ( mais risos!)

Digão: Isso não acontecia com a gente, tanto que muitos fãs chegavam no Rodolfo e falavam : "E aí Digão, beleza??".

Canisso: O Raimundos no momento está numa fase de transição. Agora, o público vai ver interpretações do Digão para músicas que ficaram conhecidas com o Rodolfo, mesmo assim, você vai perceber algo familiar, porque a voz do Digão sempre esteve presente no nosso som, e isso vai dar o traquejo para que daqui seis ou sete meses possamos entrar em estúdio e registrar a parada nova.

RB: (para Digão).. Agora, pra você vai complicar bem...

Digão: Sabe que não, cara? no começo eu achei que era muito complicado, mas depois dos primeiros ensaios, eu comecei a gostar da coissa, eu me adaptei muito fácil, e o fato de ter outro guitarrista também ajuda muito, porque se a a gente continuasse como trio eu ia precisar adaptar um pulmão externo (risos). Ia ser um pra tocar guitarra com punch e outro pra cantar.

RB: Falando do CD, uma das três músicas de estúdio é uma versão quase punk de "Desculpe, mas eu vou chorar", de uma dupla sertaneja...

Canisso: Isso foi em função de um programa que existia na rádio Cultura de Brasília, chamado Cultt 22, e a idéia do programa era que as bandas gravassem músicas que jamais tocariam, sacou? foi por isso que a gente botou essa música! .

Canisso: Foi tirando uma dos caras, mesmo o Rodolfo, canta zoando muito !

Digão: E eu acho que foi a partir daí que começaram as encomendas malucas pra gente, sabe como é né, de vez em quando botam a gente numas roubadas e a gente se sai com o maior jogo de cintura.

Canisso: Cronologia das versões do Raimundos: desculpe mas eu vou chorar, ando jururu, Missão Impossível...

Digão: E o mais legal é que a gente se sai melhor quando é uma música que não tem nada a ver conosco, a gente se dá bem pegando uma pedreira e fazendo uma... como que é o nome daquela estátua que não tem os braços??

RB: Vênus de Milo!

Digão: é isso!

Fred: A estátua já vem quebrada! (risos)...

RB: Digão, por que você preferiu gravar a nova versão de Sanidade usando microfones de palco ao invés dos microfones de estúdio?

Digão: Eu tinha acabado de almoçar, tinha comido pra caralho, estava embuchado (risos) e me vi sozinho com aqueles microfones na sala...Aí eu disse " calma lá, né véio? uma coisa de cada vez!" (risos) , eu fiz como se estivesse no palco e aí rolou legal.

RB: O que vocês acham da promoção que vem com o CD (N do R: O CD vem com uma promoção que permite a quem assinar determinado provedor de internet receber, de graça, um single inédito da banda)?

Fred: Cada gravadora está buscando um caminho para tentar melhorar as vendas, seja diminuindo o preço ou oferecendo brindes, eu não sei se o CD está muito caro ou se a gente está muito fudido, porque se formos ver o preço do CD lá fora, é de 20 ou 25 dólares , veja, eu não estou justificando, e eu acho que essa promoção da gravadora é um caminho válido, um bom teste .

RB: Como foi tocar com o Marky Ramone? deve ter sido uma experiência muito especial pra vocês, que sempre foram fãs de Ramones.

Fred: Bem, eu só bati fotos...

RB: Não foi um tipo de "coito interrompido" pra você?

Fred: (risos) Cara, eu nem me incomodei, os três estavam que nem crianças na Disneylândia, não seria eu que ia barrar, nunca, cara!!! de jeito nenhum ! e eu fiquei batendo fotos, como ninguém podia subir no palco, eu fiquei batendo fotos para os veículos de imprensa, tirei foto pra todo mundo (risos) ! além disso, quando tem algum artista internacional que toca com a gente, eu gosto de ver, engraçado isso né? seria normal a pessoa querer tocar, mas eu sou muito espectador.

Canisso: Mas tocar com o cara foi do caralho! .

Digão: E os ensaios, foram muito legais, eles deviam ter sido gravados, também. Não teve nada que acertar, um de nós chamava a música, ele entrava e ia até o fim, acho que a gente ensaiou a vida inteira, ele lá e nós aqui.

Canisso: Até hoje, ouvindo o CD, eu me arrepio, veio!

RB: E agora, o que vem?

Digão: A turnê do novo Raimundos, com o repertório já conhecido, ainda sem músicas novas.

Canisso: São 38 músicas a 250 kilômetros por hora! (risos)

Digão: Mas material inédito só deve rolar no ano que vem, porque seria muito complicado pra mim ter que gravar um trabalho novo e já ser o vocalista, eu quero pegar calo, quero ir pra estrada, pular de um lado pro outro, cantar, mostrar esse outro lado que eu sei que tenho dentro de mim, sacou???

RB: Bem pessoal muito obrigada pela entrevista...

Digão: Peraí, eu quero falar mais uma coisa: o Canisso está arrebentando no baixo, meu irmão, a gente foi gravar e ele fez a parte dele de primeira, fazer o que esse cara faz, com a pegada que ele tem, não é pra qualquer um, na verdade eu falei que ele não tocava bem na última entrevista pra BRIGADE, porque eu estava chateado, é que ele tinha caído com a minha moto e eu estava puto com ele! (risos)

Canisso: Agora eu gostei, agora ficou legal.

Fred: Beija! Beija! (risos)

Creditos: Antigo Site Raimundomaniaca...

Obs. Caso alguém queira repassar a matéria não há problema algum, basta citar o Bau do Raimundos como fonte. Obrigado por ajudar a divulgar nosso trabalho.

 
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